sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Falso amor.

O falso amor é aquele que procura o outro quando precisa de um amor. É aquele que diz que ama, mas na verdade ama a sensação de amar. É aquele que diz se preocupar com o outro, quando a maior preocupação é mostrar-se preocupado. O falso amor é aquele que cuida quando é conveniente, quando dá tempo, quando é fácil. É aquele que faz jogo de ações e de palavras para ver até que ponto o amor do outro vai. É aquele que forja a atenção, quando, na verdade, está muito distante. O falso amor é aquele que se controla, que tem medidas pensadas. É aquele que ama o outro porque o outro é mais do que ele poderia pensar em ter. É aquele que se julga melhor, mais esperto, mais importante que o outro. O falso amor é aquele que fere e engana, mas acha que está fazendo o bem, ou faz parecer que está fazendo o bem. É aquele que quer se fazer presente para se tornar uma necessidade para o outro. É aquele que quer o amor do outro inteiramente para si, mas não pode e não quer fazer o mesmo. O falso amor é o que finge que quer o amor. É aquele que conta as histórias mais bonitas para que o outro sinta um amor que não existe. O falso amor é aquele que ama para ver como o outro se sente ao ser amado por ele. É aquele que ama sempre com o cérebro. É o aquele que não poupa esforços se quiser que o outro seja o seu amor por apenas um momento. É aquele que se orgulha de ser amado e não corresponder ao amor do outro. É aquele que ama para ter o que contar. O falso amor é aquele que parece incondicional, mas está tão arquitetado que um dia mostra as caras.