sábado, 4 de abril de 2009

Sem mais perguntas.

Esta noite não irei perguntar por que você voltou, por qual motivo bate à minha porta com olhos confusos e cheios de um vazio incalculável. A verdade é que nem mesmo você sabe. Não há explicação, compreende? Agora, mais do que nunca, será preciso encher o vazio de palavras. Pergunto-me por qual motivo você se foi, se sabia que a partida resultaria em uma imutável distância e que nessa distância a gente, irremediavelmente, perderia ou esqueceria tudo aquilo que construímos juntos. Você sabe, é na distância que a gente esquece ou se perde. E a gente esquece sabendo que está esquecendo.


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