sexta-feira, 11 de junho de 2010

vice e versa.

"Longe dela, ele acordava pensando que a vida mudou pra melhor. Longe dele, ela acordava pensando em como mudar. Sem ela, ele não cantava mais as músicas que cantou pra ela. Sem ele, ela queria aprender musicas novas. Sem ela, ele só dormia com a televisão ligada. Sem ele, ela não queria assistir televisão. Quando ele a viu pela ultima vez, ele queria parar o tempo. Quando ela o viu pela primeira vez, ela sabia que essa hora ia chegar. Quando ele pensava nela, ele aumentava o volume do rádio. Quando ela pensava nele, ela queria estar em outros braços. Os dias pra ele, passavam rápido demais sem ela. Os dias dela, eram pela metade. Sem ela, ele era meio vazio. Sem ele, ela era um tanto superficial. Ele queria ligar, não tinha coragem. Ela não queria mais ligar, então apagou o telefone. As vezes ele escrevia sobre ela. Enquanto ela escrevia sua história sem ele. Quando ele queria ser feliz, lembrava dela. Quando ela era feliz, era sem pensar nele. Longe dela ele se perdia. Longe dele ela sabia pra onde ir. Os dois se convenciam que no final era melhor assim. E mesmo sendo melhor assim, ele não esquecia dela e vice e versa.”

Rafael Ribeiro de Oliveira

Um comentário:

tony disse...

Sentir é interessante. As vezes nos deleitamos em um prazer [quase que infinito] em saber não saber de nós mesmos. Mas quando sabemos, temos um certo medo de assumir isso e falar do que somos, como somos, e se assim sentimos. Nesse balaio de experiencias que costuma ser a vida, se encontrarmos o nosso [não aqueles dos livros de auto-ajuda ou de tweets bonitinhos] sentido / jeito / forma de felicidade, devemos investir nela e deixar que o resto seja o resto. Simples assim.

textos muito bons :)